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segunda-feira, 5 de maio de 2025

LABRE-RO participa de Comemoração do Dia da Arma de Comunicações.

 

Comemoração do Dia da Arma de Comunicações.


 


     


A Diretoria da LABRE-RO participou das comemorações alusivas ao Dia da Arma de Comunicações, no dia 05 de maio, ocasião em que se rememora a insigne trajetória de vida de seu patrono, o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.

O Marechal Rondon nasceu na cidade de Mimoso (MT), no ano de 1865. Descendente de três povos indígenas, realizou sua educação básica em Cuiabá (MT). Mudou-se para o Rio de Janeiro no ano de 1881, ingressando nas fileiras do Exército no 3º Regimento de Artilharia a Cavalo, posteriormente, ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha, sendo promovido a alferes em 1888.

Esse ilustre chefe militar dedicou sua vida inteiramente ao serviço da Pátria, principalmente em duas causas mestras: a conexão das mais distantes regiões da fronteira e do sertão brasileiros aos principais centros urbanos, a pedido do Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, o que viabilizou o desenvolvimento da economia e da infraestrutura das regiões mais inóspitas de nosso território; bem como da proteção dos povos indígenas, contribuindo significativamente para sua integração à nação brasileira. Além de seus feitos notáveis, os atributos da personalidade do Marechal Rondon, tais como dedicação à Pátria, abnegação, justiça e coragem, o tornaram digno do título de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro.

Em meio às adversidades e às características desafiadoras do terreno, o Marechal Rondon e sua equipe, frequentemente assolados pela fome e enfraquecidos pela malária, lograram êxito em desbravar o território, que hoje corresponde ao estado de Rondônia, estabelecendo relações cordiais com os habitantes nativos. Rondon liderou expedições que percorreram mais de cinquenta mil quilômetros de densa floresta tropical e lançou mais de dois mil quilômetros de linhas telegráficas na região Norte do País, até então pouco explorada e cartografada. Seu lema “morrer se preciso for, matar nunca” tornou-se célebre em virtude de seu humanismo, o que contribuiu para que ele fosse indicado ao Prêmio Nobel da Paz, em 1957, por quinze países.

Para consumar sua nobre missão, a Companhia de Transmissões contou com a contribuição de 10 oficiais e 212 praças, além dos equipamentos providos pela 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária: 730 telefones de campanha, 600 rádios, 55 criptógrafos e 4 teletipos. Por meio do lançamento de linhas telefônicas e o estabelecimento de enlaces via rádio, a Companhia espelhou-se nos feitos de Rondon e mostrou o valor da tropa brasileira que combatia no velho continente.

A criação da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro é relativamente recente. Foi instituída após a Segunda Grande Guerra, com a promulgação da Lei Nº 2851, de 25 de agosto de 1956. A partir desse marco legal, a Arma de Comunicações passou a assumir as responsabilidades inerentes às telecomunicações que, anteriormente, eram exercidas pela Arma de Engenharia.

A Arma de Comunicações tem a missão de instalar, explorar, manter e proteger os sistemas de Comunicações dos diversos escalões, estabelecendo as ligações necessárias, em tempos de paz e nos complexos cenários dos conflitos armados de alta intensidade. Além disso, atua no controle do espectro eletromagnético e no ambiente cibernético, por meio das atividades da Guerra Eletrônica (GE) e da Guerra Cibernética, que visam impedir, dificultar e obter informações das comunicações inimigas.

A integração das Comunicações com as outras Armas, Quadros e Serviços enfrenta desafios, como a interoperabilidade entre os sistemas de tiro da Artilharia, a coordenação das diversas frentes de apoio da Engenharia de Combate, a garantia da sincronia das ações descentralizadas da “Arma Ligeira”, o estabelecimento do Comando e Controle junto às tropas de Infantaria e o trâmite correto das informações sobre as demandas Logísticas. Os Sistemas de Comunicações sempre foram fator decisivo no campo de batalha para garantir o melhor processo decisório em todos os níveis de comando e, por essa razão, a Arma de Comunicações é conhecida como a “Arma do Comando”.

As Comunicações também estão presentes nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem e demais Operações de Cooperação e Coordenação com Agências. Seu emprego permite a ligação das tropas empregadas com os demais elementos de outras Forças Singulares, Auxiliares e Civis. Ademais, as informações são centralizadas nos Centros de Operações para favorecer a consciência situacional do Comandante Operacional.

Assim, neste dia em que se comemora a criação da Arma de Comunicações, temos o orgulho de relembrar os feitos de nosso patrono, o Marechal Rondon, cuja saga nos mais diversos rincões do País, em épocas com parcos recursos tecnológicos, caminhou lado a lado com o seu ideal de integrar todo o território brasileiro.

 

Fonte: https://eb.mil.br/web/central-de-conteudos/w/dia-da-arma-de-comunicacoes-1

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